Como as marcas chinesas de caminhões estão conquistando os experientes caminhoneiros do Cazaquistão?

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Jul 18,2025


Motoristas de caminhão cazaques conhecem seus caminhões por dentro e por fora

Como um país que abrange a Ásia e a Europa, o Cazaquistão é vasto, com grandes cidades muitas vezes separadas por milhares de quilômetros. Com eficiência ferroviária limitada, as rodovias são a espinha dorsal da logística doméstica e transfronteiriça. O transporte de carga de longa distância e internacional é a norma, expondo os caminhoneiros cazaques a uma variedade maior de caminhões do que você pode esperar — de caminhões pesados ​​europeus usados ​​a modelos de marcas chinesas mais novos e até mesmo cavalos de batalha com décadas de idade.

Os caminhões europeus dominam em confiabilidade e conforto em viagens de longa distância, tornando os motoristas cazaques — que frequentemente percorrem rotas transfronteiriças — especialistas em suas especificações e desempenho, muito mais do que seus colegas chineses. Em caminhões basculantes pesados, os modelos mais antigos são principalmente KamAZ, enquanto na última década, marcas chinesas como Shaanxi Auto e Sinotruk assumiram o mercado de caminhões novos. Para o transporte rodoviário de mercadorias, os caminhões europeus usados ​​ainda são os reis, muitas vezes em combinações "trator + semi-reboque" ou "caminhão + reboque de eixo central", com reboques com cortinas laterais para carregamento rápido.

Lidando com uma frota tão diversificada em condições difíceis de longa distância, os caminhoneiros cazaques têm uma compreensão profunda e prática do que torna um bom caminhão.

Expositores chineses agitam a Expo de veículos comerciais do Cazaquistão

De 25 a 27 de junho de 2025, a Expo Internacional de Veículos Comerciais do Cazaquistão aconteceu no Centro de Exposições de Astana, com mais de 160 expositores da China, Cazaquistão e outros países, apresentando de caminhões e peças tradicionais a caminhões e peças de nova energia. O evento teve como alvo não apenas o Cazaquistão, mas todo o mercado da Ásia Central, atraindo grande atenção de agências governamentais e grupos comerciais locais, que deram as boas-vindas às montadoras e fornecedoras de peças chinesas para ajudar a aumentar a eficiência de combustível e reduzir as emissões.

As marcas chinesas lançaram uma linha completa — caminhões pesados, caminhões leves, ônibus e vans —, enquanto os fornecedores de peças exibiram motores, luzes, painéis de carroceria, portões elevatórios e muito mais.

A JAC aproveitou a produção local para apresentar caminhões de caixa e veículos de trabalho aéreo, beneficiando-se das regras de aquisição do governo que favorecem veículos fabricados localmente em setores como polícia e saneamento. A FAW Jiefang trouxe seu trator J7 e o caminhão basculante JH6, a Sinotruk cobriu várias necessidades com suas séries HOWO e SITRAK, e a Yutong — já líder em ônibus na Ásia Central — exibiu seus mais novos modelos de transporte e ônibus.

Entre as marcas internacionais, a MAZ (um nome familiar para os caminhoneiros chineses mais antigos) exibiu ônibus e vans, enquanto a KamAZ destacou seus tratores 4x2 e 6x2 com barras estabilizadoras para melhor conforto off-road — provando sua adaptabilidade regional.

Por trás da exposição existe uma oportunidade enorme na frota envelhecida da Ásia Central. O caminhão médio no Cazaquistão tem mais de 12 anos, com muitos datando da era soviética. Isso significa um enorme potencial para peças e serviços de reposição, tornando-o um ponto de entrada fundamental para os players globais.

Mercado de caminhões do Cazaquistão: grande potencial, políticas mistas

O mercado de veículos comerciais do Cazaquistão é alimentado por sua riqueza petrolífera. Com um mercado de combustíveis aberto e diesel barato, os caminhões a diesel dominam. A demanda também é forte — mineração, infraestrutura e melhorias urbanas mantêm os caminhões de logística e especiais em alta demanda, tornando o Cazaquistão um mercado externo fundamental para as marcas chinesas.

Mas há um porém: o protecionismo local significa que as compras do governo (como caminhões de saneamento) geralmente exigem produção local. É por isso que a Hyundai lidera em varredeiras — eles instalaram plantas locais cedo.

Diante disso, as marcas chinesas estão passando de substituir caminhões europeus usados ​​a seguir as regras locais — impulsionando a produção localizada, modelos personalizados e redes de concessionárias mais fortes. As lições aprendidas aqui podem ajudá-los a conquistar outros mercados globais.

O caminho para a legitimidade: como as marcas chinesas estão se adaptando

O mercado de caminhões do Cazaquistão costumava ser selvagem, com concessionárias vendendo caminhões baratos e não conformes para ganhar participação. Mas, à medida que os regulamentos se apertam, esse jogo acabou. O mercado também é único: os proprietários mantêm os caminhões por mais tempo e 90% do frete é manipulado por pequenos operadores (ao contrário das grandes frotas da Rússia). Esses motoristas proprietários cuidam de seus caminhões — alguns até tiram os sapatos antes de dirigir — e priorizam o conforto e a durabilidade.

Marcas inteligentes estão se ajustando. A FAW Jiefang, por exemplo, agora oferece modelos específicos da região e redes de serviços transfronteiriços, resolvendo um grande ponto problemático para os transportadores da Ásia Central.

A recompensa? A FAW acabou de conseguir um grande pedido de caminhões a GNV no Uzbequistão, provando que, quando os caminhões europeus usados ​​falham no serviço, as marcas com suporte local estão conquistando corações — e remodelando como os caminhões chineses se tornam globais.